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Aquisição X Aprendizagem

postado em: Livro digital | 1

 

A didática no desenvolvimento do idioma

Um item central da Fórmula do Inglês, ao qual eu tenho dado bastante destaque em minhas iniciativas é a didática. Tenho uma verdadeira fixação pela maneira como o conteúdo é apresentado, para que seja acessível a todos, por mais que isso não seja tão fácil, dadas as diferenças de formação e interesse dos estudantes. Mesmo respeitando as essas diferenças, eu estou cada vez mais convencido que no estudo de idiomas, há uma ordem didática de importância que deve ser respeitada quanto às chamadas habilidades no desenvolvimento de um idioma. Há quem relacione ainda outras habilidades, como a social e de vocabulário, mas as quatro habilidades principais são compreensão oral, leitura, fala e escrita.

 

O conceito de aquisição

Alguns estudiosos, do qual o mais conhecido é o linguista americano Stephen D. Krashen, têm defendido que um segundo idioma é melhor desenvolvido por meio da aquisição e não por meio de um processo tradicional de aprendizagem. Ou seja, o conceito de aquisição, em linhas bem gerais, parte da ideia que o idioma é desenvolvido a partir do contato intenso com a língua, assimilando padrões e exemplos compreensíveis e não por meio de explicações baseadas em tradução ou em gramática.

 

Como uma criança

Estes estudiosos apontam para a forma como a criança aprende a sua língua mãe por meio de contextos inicialmente bem simples, mas que vão formando o entendimento do idioma e habilitando a pessoa a entender e assimilar em seguida padrões mais complexos.

Em outras palavras, o idioma é melhor desenvolvido quando não é “aprendido” de forma tradicional, com regras, e sim quando é adquirido por meio de padrões, naturalmente como acontece com a criança com a sua língua nativa.

 

A ordem do sucesso

Seguindo esta lógica, o estudante de idiomas deve, em primeiro lugar, ser apresentado ao máximo de conteúdo compreensível, ou seja, que faça pleno sentido no seu nível de compreensão. Esses conteúdos vão sendo adquiridos primeiro por meio das habilidades de entrada (input) ou aquisição (escuta e leitura) e vão se somando aos padrões que o estudante já domina, fazendo uma crescente cumulativa de conhecimento.

Assim como a criança não começa seu processo de aquisição produzindo conteúdo explícito, também não deve existir pressa para que o estudante comece a se expressar por meio das habilidades de saída (output) ou produção (fala e escrita). Em outras palavras, primeiro é preciso muita assimilação por meio da escuta e leitura (input).

Só depois de assimilação em toneladas (INPUT) deve vir a produção de conteúdo por meio da fala e da escrita (OUTPUT) como resposta ao processo de aquisição.

 

Interferência da voz interna

Dentre as várias hipóteses levantadas para defender o conceito de aquisição e não o aprendizado tradicional, inclusive a obediência à ordem de importância das habilidades, eu destaco a questão da interferência da voz interna (chamada por Krashen de hipótese do monitor). De forma bem simples, estamos a todo momento durante o processo de assimilação ou produção ouvindo nossa própria voz interna que, dentre outras coisas, critica nossa produção em busca dos erros.

Quando é exigido do estudante que comece a produzir antes mesmo que tenha condições para isso, ou seja, antes que tenha assimilado conteúdo suficiente e esteja completamente à vontade com o idioma, provoca-se um verdadeiro conflito entre a voz interna e, principalmente, a voz falada, gerando uma interferência crítica, um “curto circuito”, que literalmente trava a produção do idioma, gerando insegurança e frustração.

 

A Fórmula e o conceito de aquisição

Os elementos que eu coloquei na Fórmula do Inglês como a diversão, a desinibição, e a diretividade têm tudo a ver com o conceito didático da aquisição. Se o desenvolvimento do idioma acontecer com base na aquisição a experiência será muito mais divertida, diminuindo a ansiedade, facilitando ou até mesmo calando a interferência crítica da voz interna, possibilitando a produção desinibida e direta principalmente por meio da fala.

 

E quando você vai falar inglês?

As crianças quando estão viajando costumam perguntar a cada dois minutos: “Já está chegando?”. Os pais respondem: “Vai chegar quando você esquecer”, ou “Quando você esquecer, vai chegar rapidinho”. É a típica pergunta de quem está ansioso pelo destino. Com relação à fluência é a mesma coisa. Eu digo que você vai falar inglês naturalmente quando deixar de pensar nisso e curtir a viagem.

Nas palavras do linguista americano, “a fala é resultado da aquisição e não a sua causa”. Nas minhas palavras (rsrs!), primeiro a gente dá atenção a assimilação em grandes quantidades e, só depois, vem a produção, naturalmente! Envolva-se com as habilidades de assimilação (input), dando lugar e tempo a elas, sem pressa, sem ansiedade ou cobrança quanto às habilidades de produção (output).

Com esse respeito ao processo didático, você vai falar inglês como consequência e na hora certa, que pode ser bem mais rápido que você pensa.
Mas, quando vai chegar? Quando você esquecer, vai chegar rapidinho… (Rsrsrs!).

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    Uma resposta

    1. Deyse Cruz
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      Com a minha idade já tenho consciência de que a ansiedade não ajuda em nada! Quando iniciar meu curso estarei tranquila para assimilar melhor o idioma.